Marcio Montezzi • 5 de setembro de 2024

Diferença entre MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido

Diferença entre MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido

MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido são regimes tributários diferentes, e cada um possui regras específicas, benefícios e limitações.

Entender a diferença entre os regimes tributários MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido é essencial para empresários que buscam a melhor opção fiscal para o seu negócio. Cada regime tem suas peculiaridades, exigências e vantagens dependendo do tamanho da empresa, faturamento e tipo de atividade.



Enquanto o MEI é voltado para microempreendedores individuais com faturamento limitado, o Simples Nacional atende empresas de pequeno porte com até R$ 4,8 milhões de receita anual. Já o Lucro Presumido se aplica a empresas que superam esse limite ou que atuam em determinados setores.


O que é o MEI e quando ele é indicado?

O Microempreendedor Individual (MEI) é um regime tributário simplificado, criado para formalizar pequenos negócios e trabalhadores autônomos com receita bruta anual de até R$ 81 mil. O MEI é ideal para profissionais que trabalham por conta própria e desejam obter um CNPJ, emitir notas fiscais e ter acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.



As obrigações tributárias do MEI são simplificadas, sendo que o empreendedor paga um valor fixo mensal que já inclui os tributos federais (INSS), estaduais (ICMS) e municipais (ISS). No entanto, o MEI possui restrições quanto ao número de funcionários, podendo contratar apenas um empregado com carteira assinada. Além disso, algumas atividades específicas não podem ser enquadradas no MEI, como atividades financeiras e profissões regulamentadas por conselhos de classe.


Vantagens do MEI:

  • Carga tributária simplificada e fixa.
  • Acesso a benefícios previdenciários.
  • Facilidade na emissão de notas fiscais.



Simples Nacional: o regime simplificado para pequenas empresas

O Simples Nacional é um regime tributário voltado para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), cujo faturamento anual não ultrapasse R$ 4,8 milhões. Esse regime é amplamente utilizado por empresas de diversos setores, pois oferece uma unificação do recolhimento de tributos federais, estaduais e municipais em um único documento de arrecadação (DAS).



As alíquotas no Simples Nacional variam conforme a receita bruta da empresa e o setor de atuação, sendo progressivas: quanto maior o faturamento, maior a alíquota. Entre os tributos incluídos estão o IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS. No entanto, algumas atividades, como serviços financeiros e consultorias, não são permitidas no Simples Nacional. Além disso, empresas que ultrapassam o limite de faturamento devem migrar para o Lucro Presumido ou Lucro Real.


Vantagens do Simples Nacional:

  • Redução da burocracia com unificação de tributos.
  • Alíquotas progressivas e vantajosas para pequenas empresas.
  • Simplificação no processo de apuração e pagamento de impostos.


O Lucro Presumido como opção para empresas de médio porte

O Lucro Presumido é uma modalidade de tributação voltada para empresas que faturam até R$ 78 milhões por ano e não se enquadram nos critérios do Simples Nacional. Esse regime é baseado na presunção de um percentual de lucro sobre a receita bruta da empresa. Esse percentual varia conforme a atividade exercida: para atividades comerciais, o lucro presumido é de 8%, enquanto para prestadoras de serviços, o percentual é de 32%.



Empresas que operam com margens de lucro superiores aos percentuais presumidos podem se beneficiar do Lucro Presumido, pois a base de cálculo dos impostos, como IRPJ e CSLL, será inferior ao lucro real da empresa. No entanto, o Lucro Presumido exige maior controle financeiro e contábil, já que é necessário calcular e pagar separadamente os tributos federais e estaduais, como PIS, COFINS, ICMS e ISS.


Quando o Lucro Presumido é vantajoso:

  • Empresas com margens de lucro elevadas.
  • Empresas que não podem optar pelo Simples Nacional.
  • Negócios que desejam um regime intermediário entre Simples e Lucro Real.


Principais diferenças entre MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido

As principais diferenças entre MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido estão relacionadas ao faturamento máximo permitido, às alíquotas aplicáveis e à complexidade na gestão fiscal. O MEI é indicado para microempreendedores individuais com faturamento anual de até R$ 81 mil, enquanto o Simples Nacional atende empresas de maior porte, com receita de até R$ 4,8 milhões. Já o Lucro Presumido é voltado para empresas com faturamento mais elevado, que buscam um regime tributário mais flexível, mas com mais responsabilidades.


Outra diferença importante é a simplicidade de cada regime. O MEI e o Simples Nacional oferecem uma apuração e pagamento de tributos simplificados, enquanto o Lucro Presumido requer maior controle contábil, pois os tributos devem ser pagos separadamente e calculados com base em percentuais específicos para cada atividade.



Comparação entre os regimes:

  • MEI: Ideal para microempreendedores com faturamento até R$ 81 mil e regime simplificado.
  • Simples Nacional: Adequado para pequenas empresas com receita de até R$ 4,8 milhões e apuração simplificada.
  • Lucro Presumido: Voltado para empresas de médio porte, com faturamento até R$ 78 milhões e apuração baseada em percentuais de lucro presumido.



Conclusão

Escolher entre MEI, Simples Nacional ou Lucro Presumido depende do faturamento, tipo de atividade e estrutura da empresa. Enquanto o MEI oferece uma opção extremamente simplificada para empreendedores individuais, o Simples Nacional é uma excelente escolha para pequenas empresas. Já o Lucro Presumido atende negócios que demandam maior flexibilidade tributária, mas com mais complexidade no controle fiscal. Consultar um contador é fundamental para entender qual regime oferece as melhores vantagens e garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação fiscal.

COMPARTILHE O CONTEÚDO

Qual o melhor regime tributário após a reforma para clínica odontológicas em Santos
Por Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
O melhor regime tributário para clínicas odontológicas em Santos após a reforma dependerá de custos, faturamento e créditos possíveis com a CBS e o IBS.
Como médicos em Santos podem reduzir impostos antes da mudança para CBS e IBS
Por Dr. Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
Médicos em Santos podem reduzir impostos antes da CBS e IBS com diagnóstico tributário, organização financeira e escolha estratégica do regime para 2026.
Checklist tributário 2026 para prestadores de serviços em São Paulo
Por Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
O checklist tributário 2026 ajuda prestadores de serviços em São Paulo a organizar finanças, revisar regime e se preparar para a migração à CBS e ao IBS.
Contabilidade em São Paulo para psicólogos que farão migração de regime tributário em 2026
Por Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
Psicólogos em São Paulo podem migrar de regime tributário em 2026 com segurança ao avaliar custos, créditos da reforma e o impacto da CBS e do IBS no faturamento.
Como fisioterapeutas podem reduzir tributos com as novas regras da CBS e IBS em São Paulo
Por Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
Fisioterapeutas podem reduzir tributos com as novas regras da CBS e IBS em São Paulo por meio de planejamento tributário, escolha do regime ideal e aproveitamento estratégico de créditos fiscais.
Como as clínicas médicas podem pagar menos com a reforma Tributária 2026 em São Paulo
Por Montezzi Contabilidade 4 de dezembro de 2025
As clínicas médicas podem pagar menos com a Reforma Tributária 2026 em São Paulo ao escolher o regime tributário correto, aproveitar créditos do IBS/CBS e aplicar um planejamento tributário especializado.
Contabilidade em SP para Regime Especial de Tributação (RET): Quando vale a pena optar pelo modelo?
Por Montezzi Contabilidade 4 de novembro de 2025
O Regime Especial de Tributação (RET) unifica tributos federais em um percentual fixo sobre a receita de incorporação, sendo vantajoso para construtoras e incorporadoras que buscam simplificação e previsibilidade fiscal.
Contabilidade em SP para adaptação ao novo modelo único de notas de serviço
Por Montezzi Contabilidade 4 de novembro de 2025
A partir de 2026, todas as empresas precisarão se adequar ao modelo nacional unificado de Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e). A contabilidade em SP deve preparar sistemas e clientes para a transição.
Como ajustar o ERP e o SPED para CBS e IBS
Por Montezzi Contabilidade 4 de novembro de 2025
A partir de 2026, empresas deverão adaptar seus sistemas ERP e SPED para incluir o cálculo, registro e escrituração dos novos tributos CBS e IBS da Reforma Tributária.
Reforma Tributária: Como destacar CBS e IBS nas notas fiscais a partir de 2026?
Por Montezzi Contabilidade 4 de novembro de 2025
A partir de 2026, empresas devem indicar nos campos apropriados da nota fiscal eletrônica os valores correspondentes ao CBS e ao IBS, conforme novo modelo de tributos sobre consumo.