Marcio Montezzi • 14 de novembro de 2023

Como escolher o melhor regime tributário para sua clínica de fisioterapia?

Como escolher o melhor regime tributario para sua clinica de fisioterapia

Escolha o regime tributário analisando faturamento, despesas e burocracia da clínica de fisioterapia.

Escolher o regime tributário adequado é uma decisão estratégica para clínicas de fisioterapia, impactando diretamente a carga tributária e a saúde financeira do negócio. Inicialmente, é essencial entender as particularidades dos regimes disponíveis - Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real - e como eles se aplicam às atividades de fisioterapia, considerando fatores como faturamento anual, possibilidade de créditos tributários e a natureza jurídica da empresa.


O Simples Nacional pode ser uma opção vantajosa para clínicas de fisioterapia de pequeno e médio porte devido à sua menor burocracia e ao recolhimento simplificado de impostos. No entanto, é necessário verificar se a receita bruta anual da clínica se enquadra nos limites estabelecidos por esse regime e analisar as alíquotas aplicáveis às faixas de rendimento, que podem ser progressivas.


Para clínicas com maior faturamento, o Lucro Presumido pode ser a escolha acertada, especialmente quando não é possível ou vantajoso detalhar todas as despesas operacionais. Este regime permite uma previsibilidade tributária ao aplicar percentuais fixos sobre a receita para determinar a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social, o que pode resultar em uma carga tributária reduzida se a lucratividade efetiva for maior do que a presumida.


O Lucro Real é recomendado para clínicas de fisioterapia com altos custos operacionais ou despesas médicas significativas, pois permite a dedução de todas as despesas necessárias à atividade para o cálculo dos impostos. Este regime é mais complexo e exige uma contabilidade rigorosa, mas pode resultar em economia tributária para negócios que tenham uma gestão financeira detalhada e despesas elevadas comparadas à receita. É fundamental que as clínicas consultem um contador especializado no setor de saúde para uma análise detalhada e escolha informada do regime tributário.

Quais impostos uma clínica de fisioterapia deve pagar?

Uma clínica de fisioterapia no Brasil deve pagar vários impostos, que variam de acordo com o regime tributário escolhido. No Simples Nacional, os impostos são reunidos em uma única guia, o DAS, que inclui tributos como o IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a CPP. Esta opção simplifica o pagamento e a gestão tributária para as clínicas de pequeno e médio porte.


No regime de Lucro Presumido, a clínica paga impostos como o IRPJ e a CSLL com base em uma margem de lucro presumida, além de PIS/Pasep, COFINS, ISS sobre a receita bruta, e a CPP sobre a folha de pagamento. Esses impostos são recolhidos de forma separada e exigem cálculos específicos conforme a atividade e receitas da clínica.



Já no Lucro Real, a clínica de fisioterapia deve calcular o IRPJ e a CSLL com base no lucro líquido ajustado por adições e exclusões fiscais, além de recolher PIS/Pasep, COFINS, ISS e CPP. Este regime é mais complexo, mas pode ser benéfico para clínicas com altos custos operacionais, permitindo a dedução de uma gama maior de despesas. Independentemente do regime, é crucial a assessoria de um contador especializado para garantir a correta apuração e pagamento dos tributos.

Como abrir CNPJ para uma clínica de fisioterapia?

Para abrir um CNPJ para uma clínica de fisioterapia, o primeiro passo é definir a natureza jurídica da empresa, que pode ser uma sociedade limitada, empresa individual, entre outras. Essa escolha influenciará aspectos legais e tributários futuros. Após essa definição, deve-se realizar a inscrição da clínica no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) por meio do portal da Receita Federal, preenchendo os dados solicitados e submetendo a documentação necessária.


O segundo passo envolve a escolha do regime tributário mais adequado, que pode ser Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, baseado nas projeções de faturamento e estrutura operacional da clínica. É importante realizar essa escolha com cautela, pois ela impactará diretamente a carga tributária e a contabilidade do negócio. A consulta com um contador especializado em saúde é recomendada para orientar nesse processo.


A clínica deve estar registrada no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) e cumprir com todas as normas sanitárias e regulamentações locais pertinentes à sua operação. Isso inclui a obtenção de alvarás de funcionamento e licenças sanitárias, garantindo que a clínica esteja em conformidade com os requisitos legais para atendimento ao público e prestação de serviços de fisioterapia.

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