Montezzi • 24 de maio de 2024

Como fazer a contabilidade de um dentista?

Como fazer a contabilidade de um dentista

Para fazer a contabilidade de um dentista, é essencial separar as finanças pessoais das profissionais, utilizar softwares de gestão contábil para registrar receitas e despesas, escolher adequadamente o regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) e manter-se regular com as obrigações fiscais.

A contabilidade para dentistas envolve a gestão financeira e fiscal específica para as necessidades desse tipo de profissional. Inicialmente, é fundamental que o dentista separe as finanças pessoais das profissionais, criando uma conta bancária exclusiva para o consultório. Isso facilita o controle das entradas e saídas e simplifica a análise de desempenho financeiro da atividade.


Em segundo lugar, o acompanhamento das receitas e despesas é crucial. Para isso, o uso de um software de gestão contábil pode ser extremamente útil. Registre todas as despesas, como aluguel, salários, compra de materiais e serviços terceirizados. As receitas devem incluir todos os procedimentos realizados, diferenciando-os por tipo e valor.


A terceira etapa é a gestão tributária. Dependendo do regime tributário escolhido, que pode ser Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, os impostos variam. No Simples Nacional, por exemplo, o dentista beneficia-se de uma tributação simplificada que integra diversos tributos em uma única guia. É essencial manter-se regular com as obrigações fiscais, evitando problemas com a receita federal.


A análise de indicadores financeiros e a elaboração de relatórios periódicos são fundamentais para a saúde financeira do consultório. Avalie indicadores como lucratividade, rentabilidade e ponto de equilíbrio. Essas análises ajudam o dentista a tomar decisões baseadas em dados concretos, possibilitando ajustes operacionais e estratégicos necessários para maximizar o retorno financeiro.

Qual o melhor regime tributário para dentista?

O melhor regime tributário para um dentista depende de diversos fatores, incluindo o volume de receitas, os custos operacionais e as despesas dedutíveis. O Simples Nacional geralmente é atraente para dentistas com receitas anuais até o limite estabelecido pelo regime, que atualmente é de R$ 4,8 milhões, por consolidar vários tributos em uma única guia com alíquotas progressivas que variam conforme a receita.


Por outro lado, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso para dentistas que têm despesas operacionais e de pessoal significativas, que não impactam diretamente a base de cálculo dos impostos nesse regime. Neste caso, a tributação ocorre sobre um percentual fixo da receita, presumido pelo governo, que pode resultar em um ônus tributário menor se as despesas reais forem altas.


O Lucro Real é recomendado para consultórios dentários com receitas muito elevadas ou com despesas altíssimas, que superem os benefícios dos outros regimes. Neste regime, os impostos são calculados sobre o lucro líquido real do período após todas as despesas dedutíveis serem contabilizadas, o que pode ser mais complexo, mas potencialmente mais econômico para grandes operações.


Ao escolher o regime tributário, o dentista deve considerar não apenas os aspectos financeiros, mas também a complexidade administrativa associada a cada opção. A consulta com um contador especializado em saúde é crucial, pois ele poderá oferecer uma análise detalhada baseada nas características específicas da prática e nas mudanças da legislação tributária.

Quais os impostos que um dentista precisa pagar?

Os impostos que um dentista precisa pagar variam de acordo com o regime tributário escolhido. No Simples Nacional, os impostos são consolidados em uma única guia (DAS), que inclui IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ISS e CPP. Essa é uma opção simplificada, com alíquotas que aumentam progressivamente com a receita bruta anual, variando de aproximadamente 6% a 17.42%, dependendo da faixa de receita do consultório.


No regime de Lucro Presumido, os impostos principais são o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Estes são calculados sobre um percentual presumido de 32% da receita bruta para serviços odontológicos, com alíquotas de 15% para o IRPJ e 9% para a CSLL. Além disso, há também o PIS e a COFINS, que são calculados sobre a receita total com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.


Para o ISS (Imposto Sobre Serviços), que é de competência municipal, a alíquota pode variar conforme o município onde o serviço é prestado, geralmente ficando entre 2% e 5%. Este imposto é aplicável em todos os regimes tributários e incide diretamente sobre a prestação de serviços odontológicos.


Além dos impostos diretos sobre a receita e o lucro, dentistas também devem contribuir para a Previdência Social. No caso de empresários individuais e sócios de empresas, essa contribuição é calculada sobre o pró-labore ou salários, com alíquotas que podem variar de acordo com a faixa salarial. É fundamental que o dentista consulte um contador especializado para se manter em conformidade fiscal e aproveitar as melhores práticas tributárias para sua situação específica.

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